sábado, dezembro 01, 2007

As eleições da O.A.: um comentário

Caros Colegas,

Utilizando as reprováveis e infelizes palavras de um famoso comentador televisivo, no passado domingo na RTP1 (25/11/2007), ganharam os “descamisados” e agora 7265 advogados deveram ser considerados “perigosos” utilizando, mais uma vez, a palavra proferida por aquele Professor de Direito, para definir o actual Bastonário da O.A.

Mas o que lá vai, já vai! A campanha eleitoral já acabou!!!

Esperemos que o candidato vencedor cumpra os seus compromissos e os restantes órgãos da Ordem colaborem nessa tarefa. Em especial esperamos que o novo Bastonário acabe com a “advocacia de supermercado” corporizada pelas lojas jurídicas e minimize o sofrimento do “proletariado” desprotegido da advocacia. Agora, aguardamos pela dignificação da profissão de Advogado e que o novo Bastonário seja uma voz viva e interveniente na defesa dos interesses de TODOS os advogados.

O futuro está em aberto!

Saudações cordiais,

Ricardo Rodrigues

sábado, maio 12, 2007

The Golden Age

Elizabeth - The Golden Age

quarta-feira, abril 11, 2007

Advocacia ao Quilo!!!

«A Loja Jurídica, espaço de atendimento em diferentes áreas de direito, abre as suas portas sete dias por semana, das 10 às 23 horas, no Saldanha Residence, em Lisboa.«Acreditamos que podemos fazer o impossível, levando a justiça a todos os cidadãos», explicou a directora jurídica da rede, Sofia de Almeida Ribeiro, aos jornalistas. O objectivo é claro: «Queremos reabilitar a imagem do advogado de família, que está sempre ao lado do cidadão», acrescentou.»
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Se é verdade que o cidadão/consumidor merece fácil acesso ao aconselhamento jurídico e a profissão de advogado não deve estar amarrada ao passado, outra situação será a dignidade desta e a deontologia profissional que estarão em causa na presente situação.

Não querendo ser mais papista do que o Papa. No entanto, esta nova modalidade não passa apenas da abertura de um escritório de advogados num centro comercial. Trata-se sim de um local de angariação ilegítimo de clientela, uma vez que não acredito que no espaço exíguo de uma loja se consigna assegurar a confidencialidade entre cliente e advogado. Tudo não passará de um modo de reenvio do cliente para o real escritório do advogado.
Por outro lado, esta situação configura-se como um passo para a comercialização do apoio jurídico a semelhante a uma ida ao barbeiro. O advogado torna-se um mero comerciante, ou merceeiro em que vende os produtos ao quilo.
Perante a este cenário assiste-se à passividade e inércia da OA, enquanto noutras situações se assiste a uma autêntica "caça ao advogado".

quinta-feira, março 29, 2007

Por nós!!!

Caros Colegas,
Já promovi várias iniciativas de protesto, mas, infelizmente nenhuma surtiu o efeito desejado. Ou seja, o pagamento devido pelos nossos serviços.Proponho agora, caso os colegas concordem e se divulgue amplamente, colocar os valores devidos a cada advogado neste país que o queira fazer numa página de internet.Ou seja, publicamente indicar o Estado como devedor, com os valores discriminados, tal como o Estado faz com os contribuintes.Vamos ver depois como o Governo irá desmentir esses números.Claro que isso apenas resultará se formos muitos a aderir.Pessoalmente não terei qualquer problema em divulgar o valor que me devem. É só fazer a conta e publicar.A página já existe ( http://defensoroficioso.com.sapo.pt ).

Os colegas que concordarem com esta minha iniciativa enviem para o e-mail pedromiguelbranco@gmail.com o valor devido, nome profissional e número da cédula.A ver se, mesmo sem ajuda do Dr. Rogério Alves, conseguimos a atenção da comunicação social e, desse modo, do Governo.Caso contrário iremos esperar novamente até ao dia 31 de Dezembro pelo pagamento de mais uma parte dos valores devidos.E, como disse recentemente um colega, lá teremos nós que explicar ao merceeiro, ao infantário, ao dentista e ao padeiro que só lhes poderemos pagar no Ano Novo. E sem juros.
Cumprimentos a todos,Pedro Miguel BrancoC.P.- 11771-P
Comarca de Vila Nova de Gaia

terça-feira, março 27, 2007

"Países Irmãos - Problemas Irmãos!!"

IN Advocacia para iniciados

POR UMA NOVA ADVOCATURA NO BRASIL
Volnei Batista de Carvalho - Advogado - SCA
A advocacia pro bono ao lado da advocacia assistencial dativa, parcamente remunerada pelo Estado, e da Defensoria Pública, órgão oneroso e ineficiente, carece de estudos sistêmica e de particular pela OAB. Há um conjunto de fatores atualmente presentes sufocando o mercado do trabalho advocatício, o exercício pleno da advocatura e a sobrevivência dos profissionais advogados. A crítica a este respeito é ampla e profunda, sendo de imprópria abordagem neste curto texto. Entretanto, a OAB se mantém omissa e alheia aos compromissos de defesa da classe como um todo. Há um real desencontro entre a Instituição e os advogados, por mais que retórica do contrário enriqueça discursos de presidentes de hora a cada posse e eventos de enaltecimento pessoal. Mas, há que se pensar, por exemplo, no foro comum de julgamento de juízes, advogados e promotores públicos, na criminalização do cerceamento do exercício da advocacia, na maior integração dos advogados nas atividades administrativas do Poder Judiciário, de uma legislação previdenciária especial aos advogados, considerando o múnus público que exerce, em que haja uma co-participação contributiva por parte do Estado, no atendimento privilegiado dos advogados nas repartições públicas, o fim do exame de ordem com exigência do curso de direito como bacharelado de pós-graduação em áreas humanas e sociais, o sufrágio pleno na indicação de quintos constitucionais, a função processual-forense ativa do advogado, enfim. A realidade da advocatura nas últimas décadas sofreu grandes transformações, perdendo ela destaque e relevantes funções que outrora possuía. E a classe dos advogados, assim como seu órgão máximo de representação, a OAB, ainda não digeriu essas transformações e assumiu posições de avanço. Revigorar a advocatura é fortalecer a democracia.

segunda-feira, março 26, 2007

A propósito do resultado dos "Grandes Portugueses"

Salazar venceu o concurso televisivo "Grandes Portugueses".

Estou indignado com este resultado mas não surpreso! Do dia 24 para 25 de Abril nem todos os portugueses passaram a ser democratas.Apenas ficaram escondidos debaixo de alguma rocha!

Acho que a votação diz tudo sobre os portugueses: um povo que não gosta da mudança, com mentalidade tacanha, mesquinha, provinciana e que não merece o país que tem!! Compreenderia este resultado se a personagem em causa tivesse vivido no século XV (como D. João II) ou até mesmo no século XVIII (como o Marquês de Pombal). Mas não o posso aceitar relativamente uma pessoa que viveu no século XX.
Não acredito que seja justificação para votar em Salazar a crise do país a vários níveis.
Por outro lado, lembrem-se caros concidadãos, A LIBERDADE NÃO TEM PREÇO!!! O sucesso na economia, finanças ou em outros sectores merece esse sacríficio?!?!?

Salazar ficará sempre na memória como um sanguinário, um conservador que ordenou a morte do seu Povo, mantevendo-o na miséria e agrilhoado durante quase meio século!!!!

A verdade é esta: como Fernando Pessoa escreveu em "O Infante": «Quem te sagrou criou-te português. Do mar e nós em ti nos deu sinal. Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez. Senhor, falta cumprir-se Portugal!»

Para cumprir Portugal necessitamos de esquecer saudosismo do passado e lutar por um melhor FUTURO!
Para que cada um de nós tem que ser um GRANDE PORTUGUÊS

sábado, março 24, 2007

Ordem precisa dos jovens advogados

O bastonário da Ordem dos Advogados rejeita a tese de que há advogados a mais e defende que a advocacia deverá continuar a ser uma profissão de acesso livre. «Mas não de acesso fácil», sublinhou. No dia em que assistiu à entrada de meia centena de novos membros, cerimónia que decorreu na sede do Conselho Distrital de Coimbra, o bastonário da Ordem dos Advogados (OA) rejeitou a ideia de que existe gente a mais na advocacia. Dirigindo-se aos advogados que momentos antes haviam recebido a respectiva cédula profissional, Rogério Alves foi claro: «A Ordem diz-vos que não estão a mais e, por isso, são bem-vindos. Queremos que estejam entre nós, pois são uma tremenda mais-valia». Aproveitou, então, para informar que os jovens estão já em «esmagadora maioria» na Ordem, como se comprova pela percentagem de inscrições registadas.
O bastonário defendeu, assim, a continuidade do acesso livre à profissão mas, em simultâneo, disse ser necessário reforçar a formação. «Queremos uma profissão de acesso livre, mas não de acesso fácil. É preciso reforçar os mecanismos de avaliação, ter mais qualidade, para que a profissão não se degrade», preconizou.A terminar, deixou algumas sugestões aos novos profissionais. «Tendam a associar-se, pois isso permite partilhar dificuldades e despesas. E não se deixem abater pelas dificuldades», aconselhou.
Já Daniel Andrade, presidente do Conselho Distrital de Coimbra da OA, disse que «a advocacia nunca sofreu tantos ataques como agora», ofensiva essa baseada no mais errado dos pressupostos: facilitar a vida ao cidadão. «Nós é que lhes facilitamos a vida», vincou, criticando, assim, as várias alterações legislativas que promovem a prática de actos jurídicos sem a participação dos advogados.Para além da entrega de cédulas profissionais, a cerimónia de ontem marcou a abertura do primeiro curso de 2007 para advogados estagiários, tendo ainda sido entregue o “Prémio Fernando Maia de Carvalho” a Miguel Assunção Noutel dos Santos, pelo trabalho sobre “A suspensão do contrato de trabalho por motivos ligados ao trabalhador: a suspensão por impedimento prolongado e o requisito da não imputabilidade”.


Paulo Cardantas
in Diário de Coimbra

domingo, janeiro 28, 2007

«Há sempre risco de politização da Justiça»

Sérgio Lemos António Cluny,Presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, defende um maior controlo das contas públicas, da riqueza dos agentes da Administração e do Fisco como forma de prevenir o fenómeno da corrupção. E garante estar expectante em relação às propostas do Governo sobre esta matéria. O procurador questiona a Lei de Política Criminal, mas garante que o risco de politização da Justiça existe com qualquer ministro e com qualquer Governo.

terça-feira, janeiro 23, 2007

"Greve" dos Advogados em Sintra

Os 40 advogados oficiosos do chamado ‘Processo do Álcool’ – o maior julgamento em curso, que envolve 234 arguidos – recusaram-se ontem a permanecer na audiência em protesto contra a falta de pagamento dos honorários e despesas.

O julgamento teve início em Abril de 2006 e conta já com várias dezenas de sessões – cerca de três por semana – mas os defensores pagos pelo Estado ainda não receberam um tostão, obrigando-os a suportar as despesas do seu próprio bolso. A dívida dos nove meses de trabalho ascende a 420 mil euros.

“Não recebemos nada desde que começou o julgamento”, confirmaram ao CM duas das advogadas oficiosas, Lígia Gonçalves e Filipa de Castro Barroso, explicando que a decisão de avançar com o protesto foi bastante “ponderada”, razão pela qual aguentaram nove meses sem nada receber. Ontem, porém, e depois de terem confirmado que os pagamentos não foram regularizados até ao passado dia 8 de Janeiro – data que resultou das negociações entre a Ordem e o Governo, conforme revelou o bastonário Rogério Alves – as quatro dezenas de advogados abandonaram o julgamento na parte da manhã. “Cerca das 10h00 entrámos na sala de audiências e comunicámos à senhora juíza que não íamos continuar no julgamento”, relataram as defensoras ao CM. Os advogados dirigiram-se, então, para o exterior do tribunal onde pouco tempo depois se deslocou o presidente do Conselho Distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados, Raposo Subtil, que manifestou a sua solidariedade.

Muitos dos advogados do ‘Processo do Álcool’ fazem centenas de quilómetros para chegar ao Tribunal de Sintra, vindos do Porto, Santarém e da Moita – onde o processo teve início –, situação que agrava a falta de pagamento do Estado neste caso. Se a situação não for regularizada em breve, os defensores admitem novas formas de protesto.

terça-feira, janeiro 16, 2007

Ano novo problemas velhos

Cá estamos no ano de 2007!
Um novo ano... os mesmos problemas! Dinheiro do patrocínio oficioso: nem vê-lo!
Os advogados da comarca do Bombarral "puseram pés ao caminho" e tomaram uma atitude: boicote ao apoio judiciário!
Seria desejável que semelhante conduta fosse tomada pelo restantes advogados do país que prestam os seus serviços para benefício dos mais necessitados! MAS:
-Infelizmente não existe a união entre todos os advogados de modo a que este tipo de situações não se repita todos os anos.
-Infelizmente, em 2007, prevejo (e não preciso de ser a Maya ou o Oráculo das Estrelas) que se vão repetir os mesmos atrasos nos pagamentos.
Assim aproveito a oportunidade para manifestar a minha solidariedade aos colegas do Bombarral e louvar a coragem destes profissionais.
Saudações e bom ano de 2007